19/06/2009

Sobre a desobrigatoriedade do diploma – Parte I

É compreensível e natural o posicionamento de certas pessoas. De que diploma de jornalista não vale mais nada. De que perdeu tempo indo à faculdade para ter um diploma que deixa de ser obrigatório para exercer a profissão. Quem se dedica ao jornalismo, à Comunicação, carrega uma certa dose extra de passionalidade. Além do mais, muita gente sofreu, mesmo. Ralou bunda em banco de faculdade, penou para pegar ônibus, foi pra aula a pé, deixou de comer bife para comprar livro de Teoria. E pode ter, em um primeiro momento, a sensação de que foi uma bobagem. De que sua profissão foi desvalorizada. Mas, vamos lá. Evidente que se você pensa que “perdeu tempo” indo à faculdade do que quer que seja, perdeu mesmo. Se acha que perdeu tempo para ter um diploma, perdeu mesmo. Isso talvez separe quem foi à faculdade para ter um diploma de quem realmente foi à faculdade. Quem foi à faculdade ter um diploma foi na verdade a uma fábrica de certificados. Quem foi à faculdade para aprender jornalismo e batalhou para saber mais, não perdeu tempo. É mais ou menos o raciocínio de quem estuda pra fazer prova e passar de ano, em comparação a quem estuda para saber. Ela disse: “o que caiu foi a obrigatoriedade do diploma, não a obrigatoriedade de adquirir conhecimento”. Ela é foda. As faculdades vão precisar se adequar ao hoje em dia. Era muito fácil. Para ter emprego, tinha de ter diploma. "Então, levantamos um prédio, colocamos x salas, entram x alunos. Eles não tem opção". E em pleno século XXI as faculdades de Comunicação não tem um telão decente para dar aula.Tem faculdade de Comunicação que oferece aos professores projetor de transparências, ao invés do powerpoint. Powerpoint é o ó. Mas é o máximo de tecnologia da maioria das faculdades. Agora, é preciso atrair quem realmente se interessa, e não os “maníacos dos diplomas salvadores de empregos”. Que são a maioria. Mais do que antes o diploma passa a ter valor. Deixa de ser o salvo conduto do incompetente e passa a ser a arma do capaz.

6 comentários:

sam disse...

Ele é foda.
luv

Phylippe Moura disse...

Yes, Sir!

Anônimo disse...

Não concordo em nada com o seu posicionamento André.
vC BEM SABE QUE O CURSO DE JORNALISMO, APESAR DAS ESTRUTURAS PRECÁRIAS DAS FACULDADES, VAI ALÉM DA TÉCNICA.
Não se vai pra uma faculdade aprender a escrever uma nota de jornal ou uma passagem para a TV.
oS CURSOS SISTEMATIZAM O CONHECIMENTO TANTO TÉCNICO QUANTO PRÁTICO.
a DECISÃO DO stf(minúsculo mesmo)foi simplismente um retrocesso na educação brasileira, uma falta de respeito com a classe jornalística e acima de tudo, jogou em tábua rasa todo campo da nossa profissão. o JORNALISMO DE FORMAÇÃO TEM VISÃO HOLÍSTICA DO MUNDO.

André Gonçalves disse...

Olá, "anônimo".
A gente só pode discutir "vião holística de mundo" do jornalismo quando você se identificar. Não dá pra debater com alguém que afirma uma coisa mas não se identifica. Só o fato de ter colocado o comentário anonimamente já faz com que você perca seus argumentos. Além de escrever "simplismente". Grande abraço.

André Gonçalves disse...

vião=visão, of course. sorry.

Ricardo Dias disse...

Isso não é visão holística; é visão "olhística". Olha-se superficialmente e pronto.