31/07/2009

(eu já disse pra você ir no meu Flickr, não disse?)

30/07/2009

(visite meu Flickr)

28/07/2009

É tanto, o mundo, e é tão pouco, o tempo. Cada dia mais é esse meu sentimento. Perante tudo. A vida, as coisas, os livros, a internet. Camille Claudel: “há sempre algo de ausente que me atormenta”. Sou um eterno atormentado, já que me sustento das mais inúmeras ausências. Por isso, um pouco de fuga nos últimos dias. Me refugiei entre os meus, em minha terra, meus cheiros e sons. Na fotografia. Para apagar coisas. Refazer outras. Descobrir outras. E quem disse que em Minas não tem mar? E no futebol. Ópio, sim, o futebol. Mas um dia digo porque acho que o futebol não é só ópio. Ou é. Mas, enfim, sem ópio, que vida? Então, é tanto, o mundo, e tão pouco, o tempo. A internet. Ah, a internet. Não gosto de dizer, ainda, que estamos em meio a uma revolução. Acredito que a revolução ainda não aconteceu. Mas virá. Ela está sendo alimentada, todos os dias. Por enquanto, uma transformação. Saramago, o bom e velho e lúcido, disse sobre o twitter: “Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido”. Quem sou eu. Mas discordo. Acho que discordo. A gente pode ver o germe da revolução mesmo em 140 caracteres, com um pouco de boa vontade. É claro, a estupidez luta ferozmente contra. E tem um exército maior. Muito maior. Mas a revolução começou. É possível vê-la. Há dez anos, como ler os textos de Mary W, de Marjorie Rodrigues, de Aline, de Lola, de Alex Castro, de Ricardo Dias? E tantos? Como ganhar o mundo e rasgar o horizonte e tirar os pés do chão tendo-os aos pés com rodinhas da cadeira do escritório? A estupidez é sedutora, e mostra os dentes e morde o pescoço da gente sorrindo e dizendo “o que tem, é só uma piada”. Por isso, a importância dela, mademoiselle internet. Para desmontar, questionar, discutir, dar voz, criticar e fazer pequenos movimentos antitudoqueforimbecil.Com os blogs, o twitter e o que mais vier. Porque não vai parar. Vão mudar os nomes e os modos e os pixels e a quantidade possível de bytes, mas “a coisa” começou. Aqui e ali pode ser que aconteçam digressões, dúvidas, surjam arestas e farpas sejam trocadas. Mas a “causa” é maior. Aqui estamos nós, no meio de tudo, sem perceber na maior parte das vezes o quanto estamos mudando a ordem das coisas. Não damos assim tanta importância ao que houve no Irã, e achamos “cool” a eleição de Obama, chata a explosão de Susan Boyle e excessiva a orkutização do mundo. Mas vamos prestar mais atenção, que isso é a ponta do iceberg. "A coisa" começou. Cada texto, cada frase, cada discussão sobre #lingerieday ou #racismo ou #feminismo ou #selecaododunga ou #forasarney parece muito pouco. Mas do que são feitas as revoluções, senão da junção de um monte de coisas mínimas, de vários poucos, de inúmeros tantinhos?

20/07/2009

Olhando mais de perto, o que deu pra perceber foi que o Cruzeiro perdeu a Libertadores no empate na Argentina. Não por ter deixado de ganhar. Mas por ter deixado de perder. O zero a zero com cheiro de vitória foi a grande derrota. Perdesse de um a zero em La Plata e o Cruzeiro provavelmente estaria comemorando o título até agora. Futebol é apaixonante porque é o esporte com a dinâmica mais parecida com a vida. Até no fato de que a maioria das lições, tão possíveis de serem aprendidas desde muito tempo antes dos fatos, normalmente são esquecidas no dia a dia e só lembradas depois de lágrimas de sofrimento. Mas, felizmente, tanto a derrota como a vitória são transitórias. Não há comemorações eternas nem lamentos intermináveis. Segue a vida, rola a bola.