27/11/2008
21/11/2008
19/11/2008
Eu e ela temos hábitos estranhos à maioria dos pares normais. Um deles é o hábito de conversar muito, nos intervalos de uiuiuis diversos. Conversamos sobre tudo. Mesmo. Um dos assuntos recorrentes é o aparente despreparo dos alunos das universidades para se tornarem algo mais que portadores de diplomas, que casa com o aparente despreparo das instituições quando se trata de despertar interesse e, ainda pior: pelo aparente desinteresse da maior parte dessas instituições em separar o ser humano com capacidade de realmente aprender alguma coisa do ser humano com vontade de ganhar um diplominha na moleza. E outro assunto recorrente dentro da mesma temática é a impressão cada vez mais forte de que não, nossos meninos não estão sendo preparados para pensar e, sim, para replicar um pouquinhozinho do conhecimento acumulado e acertar, who knows, 87% das questões dos “vestibulares”. Que nossos meninos e meninas, os que se matarem mesmo de estudar, vão chegar à universidade craques em química orgânica mas péssimos em qualquer assunto extra-BBB e Campeonato Brasileiro. E a gente fala de Edgar Morin e seu pensamento complexo como quem fala grego no deserto do Atacama. E, aí, a gente lê isso e em seguida vê o vídeo aí abaixo, e pensa se não é melhor botar a mochila nas costas e ser easy rider por aí. Porque a gente tá vendo isso que está sendo dito, e a gente tem vontade de meter o pé na porta, mas cadê que alguém quer ser nossas costas-largas em favor de uma mudança de verdade? Que nada. Eles querem é colocar computador em escola do agreste pra gerar caracteres em campanha eleitoral. “Mil isso, mil aquilo, milhares de aquiloutro. E tá bom, gente, que subimos 7 pontos nas pesquisas”. Mas, sabe, semana passada eu e ela ministramos uma Oficina de Redação em uma universidade. E, sabe, percebemos que somos capazes, sim, de mudar pelo menos um pedaço do mundo, e que no meio da pasmaceira tem gente que quer ser mais que portador de diploma. E coisas como essa Oficina e o pessoal que apareceu por lá dão vontade de continuar acreditando. Dá uma esperança, sabia?
* olha não tô conseguindo postar aqui o vídeo, mas o link tá ali em cima, funcionando.
** para se ter uma idéia da estranheza: domingo, 9 da noite, nós comendo pipoca assistindo a um documentário sobre a Al Jazeera.
* olha não tô conseguindo postar aqui o vídeo, mas o link tá ali em cima, funcionando.
** para se ter uma idéia da estranheza: domingo, 9 da noite, nós comendo pipoca assistindo a um documentário sobre a Al Jazeera.
12/11/2008
11/11/2008
10/11/2008
07/11/2008
05/11/2008
Outro dia perguntaram por onde anda a poesia que brincava de casinha neste blog. E eu digo que estou ocupado demais no momento, tentando dar minha gigantesca contribuição na transformação do mundo (e tentando vender meu livro, 20 reais pelo email andrepiaui@hotmail.com ou na Livraria Universitária). Mas ela, a madame poesia, está aqui. É que às vezes a gente não entende pelos disfarces que ela veste. Ela pode vir vestida de fotografia, de vídeoclip, de questionamentos sobre qualquer coisa , de eleições americanas. Aliás, eleições americanas. Não poderia ser mais poética esta eleição, aparentemente emocionalizada e, assim espero, emocionalizada mesmo. Porque a gente já usou demais a razão e parece que, para a maioria das coisas, não deu muito certo. Não lembro de algum presidente de qualquer país ser eleito e falar para os gays, falar da avó, dizer que a mulher dele é o amor da vida dele. Não lembro de um presidente da maior potência bélica do mundo ter dito que eles são um país cujo maior mérito não é a força, são as idéias. Não pensei que iria ver um presidente de sobrenome Hussein em um país traumatizado por guerras e atentados e histeria em relação a Husseins do mundo inteiro. E, por mais que a gente não queira, não dá para não lembrar que ele é negro, e agora presidente de um país que todo mundo diz que é racista de carteirinha. Se a gente acha MESMO que isso não tem importância, é só ver a foto do Jesse Jackson chorando e tentar entender. É bom a gente pensar que as barreiras começaram a cair e que se o país que “melhor” vende sua ideologia vender bem esse tipo de coisa, o mundo pode ser mesmo melhor. O mundo amanheceu mais esperançoso, hoje, e isso é bom. Sempre é bom. Até porque lá os críticos de Obama o chamaram de “socialista”, e disseram que suas idéias tinham fundamentos “marxistas”. Eu não posso dizer se ele é ou não é, e se as pressões da maior economia do mundo vão permitir algum avanço significativo na distribuição da renda mundial. Mas, se os críticos o acusaram de “socialista” e ele ganhou a eleição no maior país capitalista do mundo, olha a poesia acontecendo aí, gente. Tomara. Tomara mesmo. Que esse sopro de alegria e esperança que o mundo sentiu na noite de ontem vire ventania. Yes. We can.
04/11/2008
03/11/2008

*Não, não esqueci do Rubinho. É que ele sempre chega depois, mesmo. Eu até gosto do Rubinho. Ele deve ser um cara legal pra gente bater papo no churrasco. E foi piloto da Ferrari. Schumacher à parte, para ser piloto da Ferrari deve ser preciso ser um cara legal.
** A foto. Gostei muito. E tirei daqui. Eu gosto do Flávio Gomes.
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