08/10/2007

As Várias Faces de Jackie S: Face 4 - A Conquistadora

Jackie S. olha admirada através da abertura promovida pelo governo dos sem-pena em seu país, e vê que o mundo (ah, o mundo!), não tem céu de papelão nem cabe numa sacola amarela com crateras abertas por insetos ortópteros do clã Asquerosus Blatídeos. Jackie S., ainda ontem, acreditava que o sol girava em torno de seu umbigo. Mas sóis não giram em torno de nenhum corpo além dos que fazem os olhos se
abrirem em céu claro após a tempestade. “Não há porque ter medo, não há porque ter medo, não há porque ter medo”, diz a letra do hino nacional de sua vontade, enquanto tambores rufam em seu peito anunciando que é chegada a hora da verdade, e que o santo graal é, tão somente, um sorriso que se carrega perdido dentro do corpo. Jackie, agora que ganha o mundo, abandona o S. e se faz nobre, porque só quem sabe
que a lama suja os dedos e suja o manto que cobre as dignidades pode, sussurrando, se fazer ouvir em meio à vozearia. A corda está lançada em direção à sorte.
“Não acredite em nada e fique em guarda contra tudo”. Vitória!, ainda que com sal no canto da boca.

Um comentário:

Raimundo Neto disse...

Jackie já sentiu o sal ser leve; deve ter lambido o mar, quando foi (?) Colombina. Deve ser para fechar o corpo que salga a própria boca. Abandonar um S. não é pra qualquer um, deixa ferida aberta.
Essa Jackie é um vício de pessoa!
Eu gosto!