cannibalis
da poesia
congelada
quero só o que escorre
pelas frestas
pelas bordas
pelo ralo
pelas costas
deixa intacta a letra morta
deixa o corte
fecha o lacre
deixa o corpo
esconde as sobras
dos famintos
cães da noite
da carne avermelhada
quero um pouco do suor
quero só o que importa
polpa fresca
intemperada
fibras mortas
devoradas
da poesia
quero o sal
quero o gosto
a mordedura
até que o vento
doure os nervos
e a mandíbula proeminente
solte o verbo
morda a língua
e engula a dor presente.
Querer só o melhor dos mundos...
ResponderExcluir"solte o verbo
ResponderExcluirmorda a língua
e engula a dor presente."
escrevendo e humilhando, hein, andré gonçalves?
Chegue pelas bordas procurando carne em minhas palavras. Talvez não encontre sentido. Sei bem de um convite que tem pra você no meu blog.
ResponderExcluirÉ um convite, em primeiro lugar. Depois, há uma exigência: outras três indicações.
Nunca fui adepto disso (dessas "correntes"!). Mas partiu de moços tão engajados; não tive como recusar.
Espero o senhor por lá!
Abraços!
A todos o Melhor.....
ResponderExcluirPq demoro a vir por aqui, se é tão bom quando venho...
ResponderExcluirAcho q vou precisar do emprego de guarda noturno.
bj,
Sam
André,
ResponderExcluirteu poema é belíssimo!
Tem a "polpa fresca, intemperada"...
Obrigado pela visita e comentários.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Abraços, flores, estrelas..
olha ..
ResponderExcluirtanto que ja tihna lido, encontrado os teus textos por aí, enrolado em outras letras ....
Não sabia do blog, não mesmo!!!
.
.
.
.
Volto agora. Foi bom chegar.
Abraço
O poema esta muito bom, mas o que me deixou estarrecido foi do post anterior, esta genial.
ResponderExcluirAbraço
quem és tu, andré gonçalves?
ResponderExcluir