Só pra lembrar:
Cine Pathé - eu me metendo no cinema.
Intacta Retina- eu me metendo a fotógrafo.
28/12/2006
27/12/2006
Feliz Ano-Novo, de novo
Outro dia mesmo eu fazia as contas de quantos anos eu teria no distante ano 2000, na calculadorazinha com mostrador verde que ganhei de presente de natal de minha mãe, e putz!, como eu ia ser velho!
Outro dia mesmo pensava que ao chegar aos 40, e olha que era longe pra burro, eu ia ter um helicóptero, e morar em uma casa numa praia particular, com dois andares, sendo que o de cima era só um quartão de vidro com visão de 360 graus para o mar e a montanha, e que a mulher da minha vida ia vestir branco esvoaçante e viver de biquíni ao meu lado, e íamos ter, todos os dias, de tomar a difícil decisão de onde ir na semana seguinte para tirar o tédio do corpo e ver o mundo acontecendo, bem de perto. Outro dia mesmo pensava que no futuro ia ter a minha empresa chamada Idéias.Inc, cuja principal ocupação seria criar coisas divertidas, bonitas, modernas, úteis e fúteis: móveis, filmes, roupas, prédios, livros, estádios de futebol, fotografia, e ela, a Idéias.Inc, ia ter uma galeria permanente com entrada gratuita, onde todos poderiam ver as últimas novidades do mundo das artes e escritores, pintores, escultores, artistas de cinema, fotógrafos, diretores de teatro, iriam dar oficinas para jovens com vontade de criar o que quer que fosse, desde que fosse bom e bonito. Outro dia mesmo imaginei que por volta de 2005 eu teria minha exposição fotográfica no Moma. Outro dia mesmo pensei que, quando 2010 estivesse chegando, eu ia pegar minha fly-moto e tirar um ano de férias viajando pelo litoral das Américas, do extremo norte ao extremo sul. Outro dia mesmo pensei que no longinquíssimo século XXI todo mundo ia ser bonito, não a beleza das revistas, mas com a beleza da saúde, da alegria e do conhecimento, porque era impensável que o século XXI chegasse e ainda existisse fome, pobreza, mensalão, analfabetismo e guerra. Outro dia, mesmo, pensei que eu teria um império da comunicação, com rádios, tvs, jornais, espalhados pelo mundo com a obrigação de louvar o que bem merecesse e de denunciar o que estivesse errado, já que não teria que faturar dinheiro nenhum de nenhum governo nem de nenhum anunciante. Outro dia mesmo eu pensava que quando minha filha mais velha fizesse 18 anos eu daria a ela o que ela quisesse, e provavelmente ela ia querer uma viagem à Lua, que já ia ser algo corriqueiro como ir a Buenos Aires realizar nossos sonhos pequenos burgueses.
Mas, outro dia, outro dia mesmo, vi que vem chegando 2007, e que os anos passam depressa, depressa demais, e que fiz pouco, muito pouco, além de acumular alegrias, tristezas, sonhos, decepções. Não acumulei dinheiro, nem obtive poder, nem sou um magnata de nada. Sou, apenas, um reles escriba, muito mais reles do que escriba, que fotografa de vez em quando e se apaixona de vez em sempre: pela vida, pela esperança, pela vontade de ser um pouquinho mais feliz nos 365 dias que vêm por aí, e dividir essa felicidade com quem eu gosto. E, otimista, todo 31 de dezembro, não que isso seja relevante mas é como um ritual íntimo, fecho os olhos, lembro de todos os meus sonhos e digo que vou chegar lá. Vou, sim. Ora, se não vou!
Sei lá. Tudo pode acontecer no ano que vem. O importante é sonhar. E, se tem alguma coisa da qual eu nunca abro mão, é dos meus sonhos. De jeito nenhum.
Outro dia mesmo eu fazia as contas de quantos anos eu teria no distante ano 2000, na calculadorazinha com mostrador verde que ganhei de presente de natal de minha mãe, e putz!, como eu ia ser velho!
Outro dia mesmo pensava que ao chegar aos 40, e olha que era longe pra burro, eu ia ter um helicóptero, e morar em uma casa numa praia particular, com dois andares, sendo que o de cima era só um quartão de vidro com visão de 360 graus para o mar e a montanha, e que a mulher da minha vida ia vestir branco esvoaçante e viver de biquíni ao meu lado, e íamos ter, todos os dias, de tomar a difícil decisão de onde ir na semana seguinte para tirar o tédio do corpo e ver o mundo acontecendo, bem de perto. Outro dia mesmo pensava que no futuro ia ter a minha empresa chamada Idéias.Inc, cuja principal ocupação seria criar coisas divertidas, bonitas, modernas, úteis e fúteis: móveis, filmes, roupas, prédios, livros, estádios de futebol, fotografia, e ela, a Idéias.Inc, ia ter uma galeria permanente com entrada gratuita, onde todos poderiam ver as últimas novidades do mundo das artes e escritores, pintores, escultores, artistas de cinema, fotógrafos, diretores de teatro, iriam dar oficinas para jovens com vontade de criar o que quer que fosse, desde que fosse bom e bonito. Outro dia mesmo imaginei que por volta de 2005 eu teria minha exposição fotográfica no Moma. Outro dia mesmo pensei que, quando 2010 estivesse chegando, eu ia pegar minha fly-moto e tirar um ano de férias viajando pelo litoral das Américas, do extremo norte ao extremo sul. Outro dia mesmo pensei que no longinquíssimo século XXI todo mundo ia ser bonito, não a beleza das revistas, mas com a beleza da saúde, da alegria e do conhecimento, porque era impensável que o século XXI chegasse e ainda existisse fome, pobreza, mensalão, analfabetismo e guerra. Outro dia, mesmo, pensei que eu teria um império da comunicação, com rádios, tvs, jornais, espalhados pelo mundo com a obrigação de louvar o que bem merecesse e de denunciar o que estivesse errado, já que não teria que faturar dinheiro nenhum de nenhum governo nem de nenhum anunciante. Outro dia mesmo eu pensava que quando minha filha mais velha fizesse 18 anos eu daria a ela o que ela quisesse, e provavelmente ela ia querer uma viagem à Lua, que já ia ser algo corriqueiro como ir a Buenos Aires realizar nossos sonhos pequenos burgueses.
Mas, outro dia, outro dia mesmo, vi que vem chegando 2007, e que os anos passam depressa, depressa demais, e que fiz pouco, muito pouco, além de acumular alegrias, tristezas, sonhos, decepções. Não acumulei dinheiro, nem obtive poder, nem sou um magnata de nada. Sou, apenas, um reles escriba, muito mais reles do que escriba, que fotografa de vez em quando e se apaixona de vez em sempre: pela vida, pela esperança, pela vontade de ser um pouquinho mais feliz nos 365 dias que vêm por aí, e dividir essa felicidade com quem eu gosto. E, otimista, todo 31 de dezembro, não que isso seja relevante mas é como um ritual íntimo, fecho os olhos, lembro de todos os meus sonhos e digo que vou chegar lá. Vou, sim. Ora, se não vou!
Sei lá. Tudo pode acontecer no ano que vem. O importante é sonhar. E, se tem alguma coisa da qual eu nunca abro mão, é dos meus sonhos. De jeito nenhum.
19/12/2006
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