20/05/2009

(foto: André Gonçalves +aqui)

14/05/2009

Uma crítica de Joca Oeiras ao meu fotografar.
Eu gostei.
Claro.
VEJA AQUI

13/05/2009

Então uma sombra enorme escureceu o dia no meu quarto. E eu corri à janela para ver, e uma nave gigantesca, cor de chumbo, jogava um jato de água gelada sobre tudo. Carros, pessoas, animais, árvores, tudo congelado. E robozinhos empurraram Cristóvão Colombo e sua trupe e duas caravelas, tudo congelado, para a frente do meu prédio. Cristóvão Colombo. Isso. Ele mesmo. Aí corri para ver na tv matéria que dizia que, por todo o mundo, figuras históricas, congeladas, eram colocadas em pontos diversos. De volta à janela, vi que o gelo derretia e um Cristóvão Colombo com cara de “cadê mamãe, papai” tentava descobrir onde estava. O plano era perfeito. Edukators d’além-céu. Me perguntei onde colocariam Jesus Cristo. Resolvi torcer para os alienígenas.

* isso foi um sonho. gosto dos meus sonhos sem pé nem cabeça.

12/05/2009

Uma das notícias mais preocupantes a respeito do futuro da humanidade vem da França. Mas quase ninguém vê. Professores das 83 universidades francesas, Sorbonne incluída, paralisaram suas atividades. Já são mais de 3 meses parados. Denunciam a privatização do sistema do ensino superior na França. Por causa da malfadada crise, a desculpa que o capital precisava para matar o não-lucro. Entre algumas mudanças, a mais assustadora. Para mim e para ela, pelo menos. E, acreditamos, para todo mundo. Hoje, o Estado francês financia 75% dos gastos das universidades. Com a mudança, passam a poder receber 100% dos custos via iniciativa privada. Isso. Universidade X-Mc Donalds. Universidade Y-Volkswagen. Thamy Ayouch, professor de Psicologia na universidade Lille 3, diz: “A Microsoft terá interesse em financiar estudo na área de informática, mas não um trabalho sobre a poesia medieval. Todas as pesquisas não lucrativas desaparecerão. Isso afeta principalmente a área de ciências humanas". A gente conhece o poder do capital. É isso que vai acontecer. Se ninguém fizer nada, é isso. Não haverá pesquisas para nada que não gere lucro futuro. Lucro financeiro. Lucro para alguém. Para uns poucos. Esqueça o conhecimento puro e simples. Esqueça o saber para evoluir. Só vale o retorno do investimento em cash. Euro. Dólar. O que seja. Idiocracia. Aí a assessora da ministra fulana de tal diz que “a França é o único país europeu onde as universidades não são autônomas. Porque o modelo não funcionaria?”. Funcionaria. Depende de para quem. Mas os professores franceses são franceses. E estão resistindo. Poucas universidades voltaram a funcionar. A maioria ainda em greve. Eles, os professores franceses, militam em cafés. Dão aulas em livrarias. Isso é protesto. Adorei a “ronda dos obstinados”. Eles, andando em círculos dia e noite, relembrando o “circulo do silêncio”. Adorei. Nesse momento eu queria ser francês. E professor. E andar em círculos na “ronda dos obstinados”. Dá inveja, sabe? Porque nós, né? Sinceramente. Nós, uma vergonha. Eles? O mundo depende um pouco deles. Allons, enfants!

*a matéria, completa, aqui.

08/05/2009




07/05/2009

Senhores e senhoras que trabalham com Educação (inclusive secretários, prefeitos, governadores, etc.): por favor, leiam ESSA entrevista.
Agradecemos.

* achei na Mary W. claro.
REDAÇÃO CRIATIVA

Por conta das chuvas, o CEUT ficou fechado por alguns dias.
Isso gerou alguns problemas nas inscrições para diversos cursos, entre eles o nosso, Redação Criativa.
Ficou decidido, então, que o início do Redação Criativa está adiado de amanhã, dia 8, para sexta-feira, 22 de maio.
Mesma carga horária, mesmo valor.
Quem já se inscreveu está ok.
Mais uma chance para quem, por conta dos transtornos da enchente, não pode realizar sua incrição.
Qualquer dúvida, só mandar um mail: andrepiaui@hotmail.com

06/05/2009

04/05/2009




(fotos: 180graus)
É essa a situação em Teresina. Em diversas áreas, alagamento, gente sem poder voltar para casa e viver em paz. Ainda não chega a ser algo cataclísmico, e nem vai chegar. Tomara. Mas já é grave. Claro que as chuvas tem sido muito além do razoável. Dá para perceber. Mas a gente vai vendo, todo ano, as coisas acontecerem. E quase nada muda. A mesma história. As mesmas ações de prefeituras, governos, etc, etc, etc. As mesmas entrevistas, das mesmas pessoas. E a gente percebe que a maior parte das ações não sai do discurso. Um asfaltamento aqui. Uma melhora na vila ali. Umas casinhas acolá. Onde está o projeto grande, que vai tirar as pessoas da situação de miséria e das áreas de risco de forma, senão definitiva, pelo menos razoável? Algum planejamento ambiental? Alguma obra relevante, fora a construção de uma ponte (que já dura sete, oito anos)? Se a gente não consegue ver uma parada de ônibus construída de forma minimamente lógica e racional e tendo em vista realmente o conforto da população, projetada de acordo com as características climáticas da cidade e talecoisa e coisaetal, como vamos acreditar que algum projeto revolucionário está em andamento? O projeto revolucionário é fazer as coisas do jeito certo, na hora adequada, com os interesses corretos. O interesse é gente. Menos ruas, mais calçadas. Menos asfalto, mais verde. Menos carros, mais transporte público bom e barato. Menos pontes, mais casas. Menos cargos, mais empregos. Menos blá blá blá. Já deverá ser o suficiente pra começar, pelo menos.
É fogo na roupa.

Nem é preciso falar da estupidez que é colocar, no mesmo lugar, fogos de artifício e papel picado. Nem da besteira que é colocar aquela plataforma pra levantar o troféu que, aliás, é enorme, mas parece que é levíssimo. Oco, parece. Agora, alguém pode me explicar o que uns políticos estavam fazendo lá em cima? O que diabos tem a a ver o Ministro dos Esportes com o Corinthians campeão paulista?
(imagem:cidadeverde.com)

Outro dia um amigo disse que eu ando pessimista e reclamão. Eu não. Mas é assim quando a gente reclama do que acha que está errado. Tem gente que diz que a gente tá chato, bobo, feio e cara de melão. Então. Eu não acredito que o Secretário de Educação Antonio José tenha dito que a culpa do mau resultado das escolas públicas estaduais do Piauí no Enem é das famílias dos alunos, que não dão atenção aos estudantes e não os auxiliam, em casa, nas tarefas passadas pela escola. Eu acho que se fosse alguém da “direita conservadora elitista com sobrenome empolado” eu acreditaria. Mas tá nos portais que foi ele. Então, considerando que alguém deve ter dito (e que espero que não tenha sido ele, que afinal é do PT, é Secretário Estadual de Educação, é professor e é gente boa), fica aqui a questão: porque será que as famílias não dão a “devida” atenção? Porque estão na fila do Bolsa-Família? Porque estão nas paradas de ônibus esperando a beleza do transporte público? Porque precisam trabalhar em dois, três, quatro empregos (se é que tem algum)? Porque estão nas filas dos hospitais? Porque são analfabetos de pai e mãe ou analfabetos funcionais? Ou porque são, mesmo, uns preguiçosos desalmados? É assim. Sempre foi. Quando o poder público não dá conta, transfere a responsabilidade para o povo. É assim na saúde, na educação, na fiscalização dos abusos dos políticos, na segurança. É sempre assim. Estejamos no lado direito ou esquerdo da rua.
Não é preciso grande esforço intelectual para entender. A questão das passagens aéreas para parlamentares esbarra no óbvio. É óbvio que não deve haver cotas de passagens para os parlamentares, às nossas custas. Se houver, considerando-se a eterna possibilidade do fantástico no cotidiano, é mais óbvio ainda que tais passagens não estejam disponíveis à parentalha. Outro dia um “deles” falou na Tv algo como “eu sou médico, estaria ganhando muito mais se continuasse no meu consultório do que como político, é preciso que as pessoas entendam isso e parem de dizer que os parlamentares ganham muito”. Uai, volta pro consultório. É melhor pra todo mundo, né? Não precisa ficar lá em Brasília de favor. A gente agradece.

*a propósito, leia esse link.