08/06/2009

Há uma grande possibilidade de que eu esteja ficando neurótico, obcecado ou, quem sabe, mesmo, velho. Sabe-se que pessoas acometidas por essas “enfermidades” podem começar a ver coisas onde não as existem, ou não ver o que se está diante dos olhos. Enfim, não me importa. Mas, quando pensamos que não há mais nada de pior a ser inventado em matéria de entretenimento, me aparece esse Jogo Duro da Globo. Muito mais ainda me assusta saber que aquilo é uma cópia de uma outra coisa inventada em outro lugar. Ou seja: andamos tão mal que somos incapazes de criar algo melhor que aquilo? Quem sabe um alento: talvez a cópia seja motivada pela nossa incapacidade de criar algo tão ruim. Não interessa, tanto faz. O fato é que Jogo Duro é uma fantástica metáfora sobre nosso tempo, média feita, e deixa no ar uma perigosa mensagem para o futuro: a de que cada vez mais devemos nos meter com os pés na lama, nos misturar aos mais repugnantes animais e deixar para trás o mínimo senso de autopreservação, dignidade ou seja lá o nome que ainda se dá a algo como isso. O que vale é pegar uns trocados e sair correndo, deixando o último trouxa para trás. Não sei se ainda temos jeito.

(a imgem puxei daqui)

3 comentários:

Alline disse...

Muita gente já faz isso sem estar num reality show. Isso é triste.

Dreamer disse...

Durmo tranquilo sabendo que há um programa como esses. Meu senso de auto-preservação me fez desligar a tv em menos de 5 minutos do início e ir dormir.

Haline disse...

Oi, cheguei aqui através do blog da Marina. Nossa, eu nem consegui assistir viu. Já tem tanto programa de incentivo a degradação total q esse, pelo jeito, diretamente, prefiro nao assistir mesmo. bjobjo